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O Natal inesperado

É inquestionável a importância do Natal para nós, varejistas. Com a experiência dos anos anteriores, aprendemos que nesta época o número de vendas cresce a patamares de compensar o resto do ano. Aumentamos estoques, contratamos pessoas, investimos em ações de marketing e passamos um bom tempo do ano vislumbrando os resultados que a data nos proporciona. É o momento em que o faturamento médio chega a dobrar em determinadas atividades, como o vestuário. Para muitos, principalmente o micro e pequeno negócio, é a hora da virada.

Esse ano, meu amigo varejista, pelo que estamos presenciando, a palavra-chave do comércio para o final do ano é inovar. O período econômico está crítico e se reflete em toda a cadeia produtiva do varejo. Alta de juros, restrições na concessão de crédito, uma crescente taxa de desemprego e inadimplência, além da confiança cada vez menor do consumidor, nos mostra uma grande desaceleração nas vendas. E se nem o consumidor e nem o poder de compra do cliente estão iguais aos anos anteriores, agora é o momento em que o varejista precisa se reinventar e encontrar soluções criativas para não começar 2016 no vermelho.

Quem quer vender neste Natal e fortalecer o fluxo de caixa para o começo do ano seguinte precisa pensar em estratégias de vendas, além de boas ações para a fidelizar e atrair os clientes. Com a inflação pesando no bolso dos consumidores, os orçamentos estão mais curtos e isso faz com que o consumo das famílias diminua. Como varejista e presidente do Sistema CNDL vejo que, este momento, inovar é a saída para aqueles que desejam driblar a crise financeira atual e as projeções negativas de venda para a época.

Com atitudes criativas, os comerciantes terão a oportunidade de superar o fraco desempenho esperado no Natal. Além disso, alternativas de vendas como o comércio eletrônico tem crescido cada vez mais. Apenas em 2014 as compras de Natal realizadas pela internet renderam R$5,9 bilhões, o que representa um crescimento de 37% na comparação com o ano passado, segundo empresa especializada em informações do comércio eletrônico.

Os novos hábitos de consumo associados ao conforto de ficar em casa e receber o produto em mãos têm sido um dos principais pontos para o crescimento do e-commerce no Natal. Porém, há ainda muito que melhorar. Outro ponto é que, mesmo com uma projeção baixa de vendas, os varejistas que se adaptarem às exigências do mercado e pensarem em soluções inovadoras, terão mais chances de adquirirem melhores resultados na época.

Vender nunca foi fácil, o varejista sabe das dificuldades diárias que enfrentam. Projeções negativas já nos assombram faz algum tempo, mas somos acostumados a buscar soluções em busca da sobrevivência do nosso negócio. Não espera pelo Papai Noel, inove e crie. Faça você mesmo com que o Natal seja mágico para os seus clientes.

 

Sistema CNDL

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